O tempo arranca cada fragmento de sanidade da alma, cada vez que por aqui passa.

domingo, 27 de junho de 2010

Saudade é a minha doença

De peito aberto à pedrada
Donde escorre sangue cor de malva
Há quem morra da doença
À quem morra da calma...

Há ainda
Quem fique à espera de uma resposta
Que corte o vento com um suspiro
Ou de uma alma que onde encosta
Aquece as veias como um tiro...

Pois de meu mal, ninguém sabe a cura
Dizem ''só o tempo te ajuda''
Mas nem o segundo de gelo arrasta...
Esta febre de dor nefasta!

Já cansei de esperar, que esse alguém voltasse
Trazendo um baú de memórias perdidas
Levadas pela corrente..
Por traições e mentiras!

Afinal, não me venhas bater à porta
Depois de enregelares em espinhos
Que o meu ódio ainda nota
Os meus punhos aqui sozinhos!

Como disse...
Há quem tenha de mal a febre
Ou tenha dolorosos ataques de ansiedade
Pois eu sou aquele que mais a teme
E que dela mais sofre: a saudade!