O tempo arranca cada fragmento de sanidade da alma, cada vez que por aqui passa.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Entoam em pânico os ''porquês''

É como se a carne me fosse comida aos pedaços
E as palavras abafadas e espancadas
Como se me amarrassem os braços
E atirassem aos cães, de mãos atadas

É agora: que até a saliva me engasga
E o chão me fere com vidro os pés
E nesta alma podre e gasta
Entoam em pânico os ''porquês''.

E o meu corpo desidrata, e seca...
Até as lágrimas serem de sangue.
Tão suja e perdida mocidade...
Já nem há luz que lhe cante!

Traição... adultério, crime e ciume!
Levaste-me as palavras. Já nem tento.
A dor lacinante elevada ao cume
DE COSTAS VIRADAS AO TEMPO.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Ciume. Saudade. Falta.
Tortura em câmara lenta.

domingo, 19 de setembro de 2010

O tempo NÃO ajuda

Cada ''tic-tac'' do relógio entra nos meus ouvidos e me faz doer o cérebro. Cada vez que o ponteiro dos minutos se arrasta é como se a sua ponta fosse afiada e me trespassasse a carne. O passar das horas congela os sentidos, faz com que sejam dolorosos os movimentos. Quando o dia acaba e a noite chega, os pensamentos assombram e fazem doer ainda mais. Cada minuto, dia, segundo, e ultimamente, cada semana, custa. Não é como dizem, o tempo NÃO ajuda. O tempo arranca cada fragmento de sanidade da alma, cada vez que por aqui passa.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

domingo, 25 de julho de 2010

E agora?


E agora cada um segue com o seu caminho, traçando o seu próprio destino. É tempo de mudar. Tempo de crescer, de descobrir. Tempo de deixar para trás. Afinal, passado é passado, e agora, tudo são apenas memórias. Posso um dia me vir a arrepender de muita coisa, mas talvez vá ser isso que me ajude a continuar com mais força e determinação ainda. No fundo, acho que fomos duas crianças a brincar com o amor. Mas agora é tempo. Tempo de partir.

(A fotografia é tirada por mim.)

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Doenças e curas

Em certos momentos da nossa vida temos de agarrar no presente e deixar aquilo que temos de mau para trás. A vida, realmente, é complicada, exige demasiada responsabilidade e dá-nos um baralho de drogas e doenças a que nós temos de encontrar a cura. Encontrar a cura pode custar, pode destruir o nosso tempo e desperdiçar a nossa energia. Por vezes, procurar a cura, leva-nos á doença. Passamos uma grande parte do nosso tempo a acreditar que um dia vai tudo voltar a ser como de antes, e que vamos voltar a sorrir e acreditar naquilo que parece improvável.

Aquilo que temos hoje, não é aquilo que tivemos no passado nem será aquilo que temos no futuro, por isso devemos jogar só com as cartas que temos no ‘’baralho’’ e não esperar que alguém nos atire mais umas quantas. Já tive no meu baralho a solução para grande parte dos problemas que tenho agora, e continuei a esperar que essas cartas estejam escondidas no meio das outras. E esperei. E elas não apareceram.

A complexidade da vida existe na responsabilidade que temos para connosco próprios de sermos felizes. Engolir todo o incomodo que as relações do presente têm e ‘’seguir em frente’’ não vai fazer de nós heróis como muita gente pensa. Seguir em frente ou não é relativo, nunca abandonamos partes que nós que ficam para trás. Mas, no entanto, aprendemos com as nossas experiências que fugir não nos torna mais fracos ou fortes. Fugir da dor e do medo em vez de os enfrentar é também um acto de coragem. Caso o façamos, temos de prestar contas a nós próprios e vamos acordar a pensar que fomos cobardes, mas não fomos. Fomos apenas corajosos o suficiente para ir embora do perigo e acarretar nas costas sentimentos de arrependimento ou culpa.

Posso fugir muitas vezes aos meus medos, e hoje é um desses dias. Mas isso não vai fazer de mim fraco nem forte. Vai apenas fazer de mim alguém que desistiu de aguentar com as esperanças e sonhos de que vou encontrar no meu baralho a carta que me vai fazer sair desta droga. Porque, apesar do passado ter sido uma parte de mim, já passou. Agora, toda a dor, felicidade, esperança ou outro momento que tenha passado… São só memórias.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Fim.

ODEIO-TE e
NUNCA mais te vou perdoar
por me teres mentido, mais uma vez

domingo, 27 de junho de 2010

Saudade é a minha doença

De peito aberto à pedrada
Donde escorre sangue cor de malva
Há quem morra da doença
À quem morra da calma...

Há ainda
Quem fique à espera de uma resposta
Que corte o vento com um suspiro
Ou de uma alma que onde encosta
Aquece as veias como um tiro...

Pois de meu mal, ninguém sabe a cura
Dizem ''só o tempo te ajuda''
Mas nem o segundo de gelo arrasta...
Esta febre de dor nefasta!

Já cansei de esperar, que esse alguém voltasse
Trazendo um baú de memórias perdidas
Levadas pela corrente..
Por traições e mentiras!

Afinal, não me venhas bater à porta
Depois de enregelares em espinhos
Que o meu ódio ainda nota
Os meus punhos aqui sozinhos!

Como disse...
Há quem tenha de mal a febre
Ou tenha dolorosos ataques de ansiedade
Pois eu sou aquele que mais a teme
E que dela mais sofre: a saudade!

sábado, 22 de maio de 2010

A inveja é desgraça!

Oh miúda da esquina
Não queiras tu ser o outro
Nem ser dona do que ele tem
Pois a inveja é desgraça
Do coitado a quem vem.

Dizias tu ser o mundo em carne viva
De peito erguido e bandeira na mão
Mas despes a alma... é só ferida
Lúcida no espelho da ilusão.

Pensas que já sabes amar e beijar
Mas teus lábios são secos como o sal
E na controvérsia deste poema
Já lhe tentaste extrair o mal.

Agora vem ler vestida de preto
E encontra em minhas palavras, o medo
Rouba me a oração de carvão
Que é fogo que arde no rochedo
A que tu chamas coração.

Mas digo sem a mágoa que de mim sumiu:
Não há quem sinta, como este sentiu!

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Velho silêncio

Não sei porque não acreditar
Quando me dizes que o céu tem cor
Mas o velho disse-me para duvidar
Sobre o que dizes tu, ser amor...

Um dia na berma do rio
Lá estava o velho sentado
Num banco de madeira vazio
Com o coração nas mãos tragado.

Disse-me que o passar do tempo
Não tinha secado de mim o amor sentido
E que tinha saudades do momento
De lábios de sangue em meu ouvido.

O silêncio ouve o lamento sozinho
Mas não chega o que a palavra mostra
É agora altura de seguir este caminho?
Quero eu saber esta resposta...?

Oh cruel dúvida, oh depurada
Tens tu peito vazio de quente emoção
Mas no fundo desta alma condenada
Era sabido que o velho tinha razão...
Dedicado à primeira pessoa que o leu,
depois de ter sido escrito.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Hoje vou mudar a minha vida

Cansei-me de tapar buracos aqui e ali para que não deixasse ninguém com feridas. Fartei-me de fingir ser alguém que não sou, na esperança de agradar as pessoas ou ter resultados com isso. Não vou lutar mais por coisas que sei que não vão ter futuro, por mais que tenham sido boas no passado.
Vou aprender a perdoar, a admitir erros e a errar mais vezes também. Preciso de continuar a cair para me levantar cada vez mais forte e começar a olhar as coisas de outra maneira. Ainda mais do que antes, acho que devemos escolher os nossos amigos e conta-los a todos pelos dedos. Não vou dar valor a amizades temporárias e deixarei de cumprimentar pessoas na rua só porque fica mal passar e não dizer nada.
Estive uns tempos distantes por não saber se me identificava comigo mesmo, mas hoje todas as respostas às minhas perguntas surgiram e não ignorarei nenhuma, nem deixarei de ser quem sou porque posso perder com isso. Acho que todos merecemos um tempo só para nós mesmos, e ser tratados como gente. Ninguém merece resignar-se num canto e passar os dias fechado para não ter que sair à rua e ter que lidar com aquilo que as outras pessoas dizem e pensam.
Não vou esperar que o amanhã chegue para tomar decisões importantes e por mais bonito que digam que o orgulho é, é algo que tem de ficar sempre de parte se queremos ser felizes. As pessoas preocupam-se demasiado com coisas insignificantes por causa disso deixam de dar valor aquilo que realmente merece ser valorado.
A nossa vida é como um balão cheio de água; de vez em quando alguém aparece e deixa um buraco por onde um jacto de água teima em esvaziar o balão. Então, nós, seres humanos (ir)racionais esticamos os braços e tapamos aquele buraco com os nossos dedos. Depois aparece outro, e mais outro. E então vem a dor... Não será melhor fazer dela uma pedra?
Afinal, acho que hoje não vou mudar a minha vida. Vou apenas começar a vivê-la da maneira que deve ser vivida. Algo que nunca fiz até agora. Não vou mudar a pessoa que sou, vou apenas ser eu mesmo, algo que já não faço à muito tempo.

terça-feira, 11 de maio de 2010

Ninguém me ouviu


Hoje caí para o fundo
Como que um cão a largar o osso
Entrei neste submundo
Por me ter debruçado no poço.

Aqui onde só reina a morte
Almas perdidas e gritos vazios
Goelas tiradas por corte
Corpos a boiar em rios.

Neste sítio sem nome e morada
Onde ninguém se conhece, ninguém fala
Pede por socorro a desconhecida magoada
E ninguém ouve, como quem cala.

Chamei por ajuda e fiquei à espera
Estiquei a mão e ninguém agarrou
E naquela agua onde dorme a fera
Só um único homem não chorou!

O barqueiro das aguas ao além
Trancou o portão a cadeado
Mas como? Porquê? Por quem?
Porque me deixa aqui naufragado?

Se seguisse de barco teria um caminho
Não ficava a espera no chão frio
Mas no fundo de mim encontrei a luz, sozinho
E segui-a abandonando o rio.

Aprendi, que quando não me vir como alguém
Me cabe a mim escolher o caminho, não o do meu amigo
Que não posso contar com ninguém
Se não comigo.

sábado, 8 de maio de 2010

Apagam-se as luzes da cidade


Apagam-se as luzes da cidade
Deixando despidas de cor as ruas
E nesta escura e negra realidade
Ficam em chama as almas cruas.

Trancam se as portas e os portões.
Um manto de escuridão cobre o céu
E naquela rua aos encontrões
Passa uma sombra como um véu.

Ninguém sabe o seu nome
Ninguém sabe de onde ele vem
Somente ele sabe o que quer
Como ninguém!

Apagam-se as luzes da cidade
Mas aquele homem segue pela rua
Com o peito cheio de verdade
Seguindo somente a luz da lua.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Passeio da rua


Hoje encontrei na berma do passeio
Um cão abandonado
Que arfava em cada devaneio
Deste ser envergonhado.

Sentei-me ao lado dele,
E enquanto me olhava de esboço
Dei-lhe de comer um pão
Que lhe soube como um osso.

Agradeceu-me com um olhar
De alguém que à dias não come
Ficou comigo até a noite chegar
Só por lhe ter tirado a fome.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Vagabundo de alma crua

Olha
Obrigado!

Por teres desenterrado o morto
Que no portão deixou urtigas
Espera-te lá o cão solto
Em cada rua que sigas!

Ele tem maças podres na macieira
A quem já as sereias cantaram o seu fado
E caso a mentira causasse cegueira
Tinha o céu da cor do pecado!

Sem um tostão no bolso rasgado
Difama o mundo que o espalma
Há que ter pena do coitado
De tão imunda alma...

domingo, 4 de abril de 2010

Deixa o mendigo passar na rua

Deixa o mendigo passar na rua, perdido, esfomeado. Mendigo morto de saudades, coberto de orgulho, enganado na rua... deixa o passar, deixa-o olhar para mim, deixa o ver-me. Segundo a segundo, em cada passo, trava uma luta constante por se manter de pé. E lá ele passa... cambaleando na rua, com uma garrafa vazia na mão.
Hoje não me importa aquilo que ele pensa, não me importa se vier falar comigo e julgar-me. Não quero saber de ele me quiser culpar. Que ele me atire com pedras, tenho a certeza que não me acertará...
Hoje não me importa o que ele pensa. Quero aproveitar cada momento, quero sentir a chuva tocar-me ao leve na face, acordar na madrugada e correr para sentir o vento. Quero ver as minhas roupas voarem como lençóis e abraçar-me a alguém. Quero que o tempo pare e que aquele momento me pertença até não querer mais. Gostava que as palavras saíssem fluentemente dos meus lábios e de falar contigo sobre as estrelas que hoje o céu não tem, mas isso também não me importa. Não me importa se o céu não tem estrelas, não me importa se está frio, se perdi as chaves de casa ou se não conheço o caminho para voltar. Quero descalçar as sapatilhas e sentir a chuva nos pés, não me importa se me ferir ou acordar doente no dia seguinte! Hoje quero pedir ao tempo que pare, sei que amanha me posso arrepender ou até desiludir... mas aquilo que acontecer hoje só a mim pertence e nunca ninguém vai voltar atrás e apagar o quanto me senti feliz e o quanto pedi ao tempo para parar ou andar mais devagar.
E quanto ao mendigo, que ele passe na rua e me olhe se esgueira, que me difame, que me atire com pedras ou com a garrafa vazia. Que ele me agarre o braço ou arranque os cabelos, porque eu vou larga-lo e mandar-lo embora como nunca fiz antes. Hoje quero-te a ti, por isso deixa o passar mesmo que ele chame por mim, que me olhe nos olhos e me lembre que o conheço melhor que ninguém.

quarta-feira, 17 de março de 2010

(?)

Foste o melhor do meu Verão e o pior do meu Outono, foste o frio do meu Inverno e não serás mais flor de Primavera.

segunda-feira, 15 de março de 2010

Sem título


''Ao menos disfarça com um sorriso, por mais fingido que seja... isso iria evitar que as pessoas te perguntassem se estás bem e talvez assim a tua mente não focasse com tanta frequência os motivos que te levam a estar nesse estado lastimável.''

domingo, 14 de março de 2010

Já guardei tudo no sótão

Aos poucos, tudo aquilo que te inclui, desprende-se meu corpo. Espero um dia poder dizer que todas as memórias caíram no esquecimento. Espero um dia não saber responder se me perguntarem quem és. Alguém algures me disse que apenas o tempo pode ajudar a curar as feridas e que quanto mais doer mais rápido a ferida cicatriza. Agora tudo começa a fazer sentido, as peças do puzzle estão se todas a ligar entre si e pela primeira vez olho para o passado e encontro uma explicação para tudo... ou quase tudo: ainda não entendi como pude gostar de uma pessoa como tu. Mas isso é passado, pouco-me importa. Podia pedir desculpa pelo termo, mas não vou pedir: merda para ti e para aquilo que me estás a fazer passar.

segunda-feira, 8 de março de 2010

Amor com café

Amor é pedra no caminho
É não ter medo do escuro
Amor é não sentir sozinho
É não temer o futuro.

Amor é o fumo do cigarro
É uivado em noite de luar
Amor é em teus braços meu amarro
É o mais azedo sal do mar.

Amor é neve a cair
É ir a pé a lua e voltar
Amor é criança a sorrir
É alma despida a dançar

Amor é ferida que doí
É querer o teu sabor
Amor é desejar que corroí
É do teu corpo o calor.

Amor é manteiga no pão
É a lama no rio
Amor é o bater do coração
É o Inverno sem frio.

Amor é na água uma chama arder
É o acordar na madrugada
Amor é ter medo de perder
É tua camisa por minhas mãos rasgada.

Amor é o por-de-sol ao fim da tarde
É o vento em que voamos
Amor é meu sangue que arde
É os lábios com que nos beijamos.

Amor é castelo na areia
É a mais pura brisa fresca
Amor é aranha na teia
É a chuva molhar a testa.

Amor é a bússola que nos perdeu
É um querer ter te aqui
Amor é ninguém te amar como eu
É ter saudades de ti.

domingo, 7 de março de 2010

Meia Lua


08/03/2009

Hoje era o nosso dia.Esperei até as 00:25h por uma mensagem tua.
Não te lembraste de mim.
(Se uma lua corresponde a um ano, meia lua...)
Não vale a pena esperar mais, vou dormir.

domingo, 7 de fevereiro de 2010



Por agora basta. Basta de feridas abertas. Basta de indiferença, de últimos lugares. Basta de ser um nome riscado na lista de prioridades e uma mancha cinzenta no presente. Já chega de humilhações e de lutar e acreditar em algo que nunca vai ter fruto. Chega de me sentir insignificante ao ponto de acreditar que a minha vida não tem valor. Chega destas mentiras, chega de ti.

Acabou-se a minha espera. A espera de que tu me virias procurar e lutar por recuperar aquilo que já tivemos um dia. Já não vou esperar mais que venhas falar comigo e continuar a humilhar-me, enquanto tu utilizas toda a indiferença que cabe numa alma como a tua. Acabou. Já não me acredito mais em ti nem nas tuas palavras. Já não acredito que as coisas vão mudar.

Talvez tenha sido como um cão atrás do osso durante demasiado tempo, mas hoje, não só largo o meu osso mas como o enterro num sítio onde ele permanecerá para sempre. O cão não sou eu, mas o osso continuas a ser tu. E tal como um osso, mereces ser desfragmentado e torturado até te tornares em nada mais que um monte de pó. Talvez aí consigas sentir o estado em que a minha alma neste momento se encontra.E agora? Esta é a parte em que eu desapareço sem deixar rasto e nunca mais volto ao local onde parti.

Juro que nunca mais vais ouvir falar de mim.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Por onde vou?



Sentei-me na minha cadeira durante horas.

Enquanto o sol da manha nascia para lá do horizonte sentei-me e olhei pela janela na direcção do infinito. Só queria ter uma resposta; uma base sólida o suficiente para me mostrar qual o caminho que deveria seguir. Aprendi errando que a vida nem sempre é aquilo que nós queremos que seja mas sim um estado de espírito em encontro a novas experiências enquanto damos por nós aos encontrões naquilo que são pessoas e sentimentos, ou pessoas com sentimentos... ou nós como pessoas com sentimentos em relação a outras. Complicado não é?

No entanto o tempo não espera por ninguém, e por mais irritante que seja existe sempre um relógio que avança sem parar nem esperar por mim.

Só queria ter uma resposta... Sei que um dia me vou levantar da cadeira e procurar por ela. Mas agora... agora ainda é cedo.

Um dia alguém me ensinou que devemos partir em buscas das respostas em vez de esperarmos que elas venham ter até nós. Então esperar por elas é errado? Não. Para mim o tempo encarrega-se de tudo que nós, como ser humano, não somos capazes de nos encarregar.

Espero que o vento me leve para onde seja o melhor, que me mostre o melhor caminho para onde o ir. Que o destino me guie, eu vou sem medo. Qualquer seja o caminho, eu não fujo! Avanço sem medo.

Eu sei que o relógio vai continuar a avançar sem esperar por mim... e tu, esperas?

domingo, 17 de janeiro de 2010

Copo partido.




Já o tempo levou de arrastão o dia em que levei para longe de mim tudo que me lembrava de ti.
Não me lembro bem se foi há um mês, uma semana ou meros dias. Lembro me de ter queimado e rasgado as nossas memórias, escondido as cinzas num local que só eu sei que existe, bem longe do meu coração e não mais lá voltar.
O Outono deu lugar ao Inverno e a chuva apagou o teu fogo deixando me ao frio. As folhas das árvores desprenderam-se e caíram no chão por onde o tempo passava. A mentira transformou-se em verdade como o preto no branco.
Encostei-me-me à parede branca enquanto o pensava. o relógio marcava o nosso numero. Gostava que o calendário saltasse esse número todos os meses.
Recordei então o dia em que todos os meus sonhos e expectativas descambaram como um copo de vidro que ao cair ao chão se estilhaça em mil e um pedaços. Cada pedaço desses conservando uma memória de cada momento que passamos. Mil e uma memórias, perdidas, no meio do nada. Evito tocar em cada uma dessas mil e uma memórias porque sei que ao tocar no vidro afiado acabo por me ferir e posteriormente sangrar... mas como é sabido, uma vez que algo se parte, é impossível voltar ao estado inicial.
Um copo de vidro partido nunca voltará a ser o mesmo; talvez assim também seja, o meu coração.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Foi de passagem



Hoje dormi pouco, por isso resmunguei a manha toda.

Hoje o dia deu para muita coisa. A vida é mesmo assim (...) embora o neguem este mundo é demasiado pequeno para tantas pessoas e andamos por aqui aos encontrões uns com os outros. Todos os dias nos deparamos com situações e pessoas novas; todos os dias travamos batalhas (umas ganhamos, outras perdemos). Por vezes afeiçoamos nos demasiado a certas pessoas que vem contra nós, desejamos ficar com elas e leva-las connosco no bolso para todo o lado; mas por vezes também nem damos conta que essas pessoas só estão cá de passagem, um dia mais tarde ou mais cedo abandonam-nos depois de tudo o que fizemos por elas. Merecemos? Não, mas vivemos num mundo em que os maus vencem os bons e são aqueles que se preocupam mais com os outros que sofrem mais. Eu não vou sofrer mais por alguém que passou por mim de passagem, afinal o que importa são aqueles que vieram para ficar e o resto é subjectivo. Não vou escrever mais sobre este assunto; afinal o tema, tal como a pessoa ''foi de passagem''.
Adeus Verde.

Ps: só existe uma única pessoa que entende o porque do url do blog ser ''gorro as riscas'' (um dia conto a história!) Aproveito para agradecer à melhor mana do mundo. hugs! :)

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

(Novembro)

''You'll be in my heart'' lembras-te?

Winter Love

Já ouviste falar de feridas? Pronto. Eu tenho uma. Não é bem uma ferida... é uma espécie de ferida. E como todas as feridas, a minha dói cada vez que se lhe toca. Por isso é melhor não lhe voltar a passar o dedo. Pergunto-te se alguma vez irá cicatrizar e eu voltarei a olhar para ti da maneira como sempre olhei, mas sinceramente já perdi a esperança disso. O tempo pode ajudar a esquecer e ultrapassar muitas dores, mas nunca conseguirá retroceder e apagar aquilo que já aconteceu.

Existem muitas coisas com que não vale a pena perder tempo, tu és uma delas. Por mais que me custe hoje desisto. (...) desisto de ti, de nós. Deixei o verde. Pus a mochila as costas e segui em frente sem olhar para trás; assim se um dia quiser voltar, não vou saber onde estás.

Já pensaste no quanto isso pode ser bom?

Parece que me fico pelo laranja.

Ps: tinha um erro no texto que a Catarina corrigiu (Obrigado)!