E as palavras abafadas e espancadas
Como se me amarrassem os braços
E atirassem aos cães, de mãos atadas
É agora: que até a saliva me engasga
E o chão me fere com vidro os pés
E nesta alma podre e gasta
Entoam em pânico os ''porquês''.
E o meu corpo desidrata, e seca...
Até as lágrimas serem de sangue.
Tão suja e perdida mocidade...
Já nem há luz que lhe cante!
Traição... adultério, crime e ciume!
Levaste-me as palavras. Já nem tento.
A dor lacinante elevada ao cume
DE COSTAS VIRADAS AO TEMPO.